A comissão sindical negociadora da Petrogal/Galp convocou plenários para os dias 25, na refinaria do Porto, e 26, na sede do Grupo e na refinaria de Sines, apelando para a assunção de posições de luta por uma justa distribuição, aos trabalhadores, de parte dos milhões de lucros alcançados pela petrolífera nacional e pelo fim do bloqueio às negociações relativas às categorias profissionais.
Em ambos os casos, «a administração apresenta a mesma concepção elitista e discriminatória na gestão dos recursos humanos», acusa, num comunicado de dia 11, a negociadora da comissão, Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica e Minas, Fiequimetal/CGTP-IN, a que pertencem os sindicatos Sinquifa e Sinorquifa.
Após três rondas negociais, a administração manteve a proposta de aumentos salariais de 2,5 por cento, «ignorando o brutal aumento do custo de vida» e tentando «fazer esquecer os milhões de milhões de lucros que, após a privatização da empresa, têm ido direitinhos para os bolsos dos accionistas, dos executivos e de outros gestores de “topo”», acusam os sindicatos, recordando que os bons resultados da Petrogal/Galp também se devem a um aumento dos níveis de desempenho e de produtividade dos trabalhadores.